terça-feira, 20 de julho de 2010

Voltando aos poucos

Andei sumida porque , como estou de férias, andei viajando (ainda me encontro "em trânsito").

Eu e Namorado estávamos combinando uma viagenzinha rápida, já que temos que dividir o tempo curtinho das férias, para que possamos ficar juntos, para que ele possa curtir a família e para descansarmos. Inicialmente, pensamos em viajar para Aracaju, inclusive peguei até uma informações com a Maricota (aliás, queria aproveitar pra agradecer a atenção que ela teve). Mas como a gente tava com medo dessas chuvas que andavam se arrastando pelo litoral do Nordeste, mudamos nosso destino.

Já havia algum tempo que queríamos conhecer a Chapada Diamantina, um paraíso na Terra. Decidimos então que esse seria o destino. Demos uma desanimadinha no começo por causa do frio de rachar que costuma fazer nessa época do ano. Mas resolvemos encarar!

Muitas pesquisas na net, alguns mapas impressos, malas cheias de roupas de frio, edredom dobradinho no banco de trás, garrafa de vinho na mochila, e lá fomos nós!!


Já na estrada, dava pra sentir o frio se intensificando. E já eram quase 10 da manhã!



O cenário começa a mudar, com muitos morros anunciando o que nos esperava.



O começo de tudo...

Nossa primeira parada foi na cidade de Mucugê, que foi fundada em 1844. A cidade tem uma altitude média de 1.000 metros, imagine o frio! Lá existe o único cemitério em estilo bizantino da América Latina (encravado ao pé da serra, com o costume de se transferirem os restos mortais para jazigos feitos na pedra). Por seu conjunto arquitetônico em estilo colonial foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.

A cidade é pequeninha e conserva as construções históricas. Demos uma paradinha pra conhecer o Cemitério Bizantino, que é bem bonito.


Fotos em frente ao cemitério

O mistério: só havia nós dois no cemitério... quem bateu a foto?????


Fotos da cidade: ruas de pedras, casinhas com jeito bucólico, praça com árvores e banquinhos. Típica cidadezinha de interior.

 Entrada da Praça dos Garimpeiros

Depois de passar por Mucugê, entramos no caminho que nos levaria à cidade de Igatu. Na verdade, um vilarejozinho que faz parte do município de Andaraí.



 A impressão que a gente tem é que é um lugar perdido no tempo. A começar pela estrada, que é toda de pedra. A gente quase desistiu no meio do caminho, porque os 6 km de estrada de pedra pareceram 60, o carro sacolejava, a gente passou por uns pequenos despenhadeiros.


Estradinha de pedra

Pra quem não sabe, a cidade foi locação para as filmagens do filme Besouro, de João Daniel Tikhomiroff (ainda não assisti, mas já ouvi falar muito).

Igatu é considerada a Machu Pichu brasileira, devido às suas ruínas. É uma coisa linda de se ver. Todas as ruas são de pedra, não tem asfalto nem paralelepípedos não. As casas são históricas e conservam sua arquitetura original.



Assim que chegamos, fomos conhecer a Gruna do Brejo, antigo garimpo subterrâneo de diamantes. Pagamos R$ 5,00 por pessoa para o guia local nos acompanhar. Entramos em uma gruta completamente escura. O guia foi na frente, iluminando o caminho com um candeeiro. Tivemos que tirar os tênis, pois vamos caminhando pela água. Lá no interior da gruta, existem pequenos salões com imagens feitas em argila dos garimpeiros da época, há pelo menos 50 anos.


A entrada da gruta

A gente lá dentro

Lavando os pés na saída. Água cristalina.

Como já passava das 2 da tarde, resolvemos almoçar por lá mesmo. Nas minhas pesquisas em guias e na net, eu tinha lido sobre o Restaurante Água Boa. Resolvemos ir lá conferir. O restaurante é uma graça, o atendimento excelente. Pedimos uma galinha caipira, que foi a melhor que já comi. Ela veio acompanhada de arroz, salada e pirão. Deliciosa!!!

De dar água na boca

O restaurante é cercado por parreiras, uma coisa linda


Olha só o Centro Cultural de lá. As letras são feitas de chita!

Depois do almoço delicioso, fomos conhecer a chamada "Cidade Fantasma". São ruínas das casas de pedra que haviam lá (daí o apelido de Machu Picchu brasileira).

O caminho pra chegar às ruínas

Igrejinha

Mas o que me encantou mesmo foi o museu a céu aberto. Ao olhar de fora, você não imagina como é organizado lá dentro. É todo cercado de pedras, não tem teto, e lá a gente encontra objetos usados pelos garimpeiros e escravos do século passado. Uma verdadeira viagem no tempo.


E mais supresa ainda eu fiquei ao constatar que lá atrás, depois de todas as ruínas, se encontrava uma galeria de arte super moderna e bonita.



Ficamos andando pelo chão cheio de pedrinhas, observando tudo, até que começamos a sentir um cheiro delicioso de insenso. Fui seguindo aquele cheirinho até chegar a um mini café lá atrás, um coisa linda.


Olha, o que eu sei é que senti o lugar super energizado! Não resisti e catei umas pedrinhas de lá, como lembrança e para captar a "vibe" daquele ambiente.

Meus bolsos cheios de pedrinhas

Entrada do museu

Saindo de Igatu, no caminho de volta.

Vai tomar um cafezinho que logo mais eu volto...

 

2 comentários:

  1. Ôpa!!!!

    E não é que eu tô indo mesmo! Aquele da receitinha da Tati! Volto depois pra conferir o restinho dessa viagem maravilhosa!
    bjs!

    ResponderExcluir
  2. Olá querida carol, nunca mais passei por aqui e nem vc no meu.
    Estou com saudades de vc.. hihih
    adorei as fotos e sua viagem deve ter sido maravilhosa.
    espero q outra vez venha pra cá

    beijão
    Mari

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...