Quando eu era criança, passava as férias em Brejões, interiorrrr do interiorrr, na casa da minha avó. E eu ia à missa com minha prima, porque vovó, sempre carola que foi, nos levava. A gente sentava juntas, ficava muito mais ligada nas pessoas do que na missa propriamente dita. Eu não entendia direito algumas coisas que o padre falava, mas achava o máximo aquele momento de receber a hóstia, ficava louca de curiosidade, vivia pedindo a vovó que me deixasse experimentar, mas lógico que ela negava, achava sacrilégio.
Mas o momento mais dramático mesmo era na hora em que o sino tocava. A igreja era pequena, e quando o sino tocava, era aquele estrondo. Eu sempre tomava susto, Graciela, minha prima também, e aí era só uma olhar para a cara da outra pra gente começar uma crise de riso. E eu simplesmente não conseguia mais parar. - Tentem conter uma risada em um ambiente silencioso ou sério pra ver a tragédia se instalar (né Léo?)- Só sei que eu sempre tomava bronca e quase sempre era convidada por vovó a me retirar da igreja, em meio a uma sessão enorme de resmungos.
Lembro também do padre Tom, que era dá igreja de Santo Antônio, aqui da cidade. Eu ia às missas aos domingos e ficava acanhada com a sinceridade descabida do pároco. Ele não tinha, digamos assim, muitas papas na língua. Me recordo de momentos em que ele, em pleno microfone, no meio de alguma pregação, falava: “Dona Carmem, calce os sapatos e mantenha a postura, que aqui não é sua casa!” E a pobre dona Carmem, com o constrangimento no último grau, já que toda a igreja virava pra ver quem era a vítima naquele domingo, ia se afundando no banco, desejando sumir dali e calçando seus tamancos na maior rapidez. Pelo menos, eu não tinha coragem nem de me atrever a dar um pio sequer ou me mostrar entediada, sob o risco de receber uma regulagem em alto e bom som.
Na adolescência eu participava de um grupo de jovens que tinha reuniões sempre às terças feiras. Confesso que eu ia mais no embalo da fase, a gente sempre ficava paquerando do lado de fora, eu ia sempre com Gaby, minha melhor amiga, e a gente se divertia muito, tinha sempre umas trocas de bilhetes, olhares e cumplicidade entre os meninos e a gente. E também, todo ano tinha excursão para um sítio, onde passávamos alguns dias só curtindo, namorando... Ai que saudade daqueles tempos, lembra Gaby?
E também tem também o episódio de quando eu comecei a namorar com Léo (na verdade, foi no nosso segundo encontro). A gente se conheceu numa festa, na sexta à noite e no domingo nos encontramos. A gente tinha ido à tarde num barzinho tomar uns guaranás (err... cervejinha) com uma amiga que estava ficando com um amigo dele. Ela ficou chamando a gente pra ir na missa e os meninos, claro, toparam. Mas quando estávamos lá sentados, eu olhava pro lado e só via Léo se acabando de rir na hora das músicas, porque ele e o amigo não sabiam cantar nada e ficavam fingindo, mexendo a boca. Aí eu, lógico, comecei a rir também, tentando me segurar. Claro que eles só tinham ido com intuito da conquista, safadinhos!
Bom, na verdade este post era pra dizer que ando relapsa e nunca mais fui à missa...
Ah...diaaa, me lembro bem que uma menina que estava no fundo da igreja, se levantou na hora da hóstia, e eu olhei e fiquei sem entender, "oxe, pode receber a hóstia uma pessoa que há uma hora atrás estava tomando uma cervejinha", mas pensei:-deve tá querendo impressionar algum garoto...rsrsr...hj, eu sei que isso foi um sacrilégio...kkkkk...não é carlinha?
ResponderExcluirTome vergonha e vá pra missa garota!!
ResponderExcluirGente, como o tempo passa e as coisas boas ficam... Me lembro como hoje do SAEC (Seguidores Adolescentes ao Encontro de Cristo), faziamos até parte do coral a cada quinzena na matriz. Dava muita risada. saudades de tudo mesmo amiga. Estou aqui me lembrando das reuniões.kkkkkkkkk. Lucas, Ba, etc.... Grande beijo
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