Meu direito preferido

                                                                                                  Imagem: Getty Images

Esse ano é ano de Copa do Mundo e Eleições presidenciais. Obviamente, a Copa do Mundo é muito mais interessante do que o pleito eleitoral, mas como a Copa não só acabou, como voltamos pra casa bem mais cedo do esperávamos, agora nesse segundo semestre as atenções se concentram nas eleições.

Essa semana chegou a minha convocação para trabalhar como mesária no dia 3 de outubro. Sei que a grande maioria das pessoas detesta política e dificilmente estaria feliz em ter que ir trabalhar na eleição num Domingo em que poderia muito bem ficar em casa assistindo filmes. Mas eu confesso que gosto, gosto muito.

Eu era doida pra tirar meu título de eleitora, não via a hora de completar 16 anos. E desde nova sou convocada para trabalhar. Antes, quando usavam cédulas, era realmente um saco (que fique claro que só trabalhei uma vez com cédula, ou seja, não sou tão velha assim). A gente tinha que chegar bem cedo, pra dobrar uma por uma, a votação demorava horrores, eu voltava pra casa cansada e estressada. Sem contar nos nomes absurdos que escreviam nas cédulas. Já soube de muita gente que votou na Xuxa, em Mussum, e por aí vai.

Agora com o voto eletrônico, a coisa é tão ligeirinha que nem dá gosto. E pra quem trabalha é super simples. A única parte mais chatinha é ter que esperar as 17h para encerrar tudo, ter que fechar boletim, essas coisas.

 

Por sorte, sempre trabalho no mesmo local em que voto, um colégio perto da minha casa, só que em outra sala. Dá tempo de ir em casa almoçar.

 

Sei que a gente tem muitos motivos pra se revoltar com os políticos que temos hoje, que não dá nem vontade de continuarmos votando, mas eu jamais anularia um voto meu e nem votaria em branco. E nem adianta tentar me convencer que “político é tudo igual, são todos ladrões, etc.”. O voto é nosso maior direito, é nossa oportunidade de escolher, nos indignar. Eu penso assim: se você anula seu voto, fica sem direito de reclamar depois. Que bom que vivemos num país democrático, fico vendo esses países em que o povo tem que se conformar com os governantes que são impostos. A gente tem o direito de escolher, minha gente! E principalmente me revolta um pouco como mulher, as mulheres passaram tantos anos sem poder votar, como é que vamos desperdiçar essa oportunidade???

 

Pois é, procure conhecer bem a história do seu candidato e no dia 02/10 vá cheio de orgulho exercer o seu direito (eu disse direito e não dever) de cidadão brasileiro!