domingo, 1 de agosto de 2010

E vamo que vamo!


A nossa viagem à Chapada Diamantina nos rendeu, além de toda satisfação e encantamento com tudo de mais lindo que a natureza oferece, a oportunidade de conhecer um grupo de estrangeiros muito legais e divertidos.


Quando estávamos saindo com o guia para o nosso tour de aventura, conhecemos Frank, Afra e Dean. Frank e Afra são irmãos, holandeses, ele mora há um ano em São Paulo e ela veio passar as férias no Brasil. Dean é de Londres e também estava a passeio.

Nossa primeira parada foi conhecer o Rio Mucugezinho e suas cachoeiras. A cor da água impressiona e a temperatura nem se fala. Gelaaaaada! Tanto que ninguém se arriscou a dar um mergulho (só o guia - e meio sob pressão da gente).
Os irmãos Afra e Frank, ao sentirem a temperatura da água no Poço do Diabo

                         
Esse esquisitinho com cara de Jesus é Dean, uma figura, Léo, eu, Afra e Frank

Daí, seguimos por uma trilha até chegarmos ao Poço do Diabo. É lindo demais, tem um canion enorme e a vista é deslumbrante. Lá de cima você pode descer na tirolesa, que termina lá embaixo, na água. Os gringos foram, a gente não teve coragem desistiu por causa da água fria.

Na verdade, eu queria ter ido até lá embaixo, porque eu soube que ver o canion, com a cachoeira, conhecida com Garganta do Diabo, é muito mais impressionante se você olhar de baixo pra cima. Mas a trilha pra chegar até lá (excetuado-se, claro, a descida pela tirolesa), era bem arriscada. Mas valeu muito a pena o que vimos, lindimais!


Ou você desce pela tirolesa ou pela trilha no meio das pedras. Terceira opção: não desce!

De jeito nenhum vou descer numa altura dessas, pedurada no cabo de aço pra cair numa água mega gelada. Não meeesmo!

De lá, nós seguimos para conhecer a Gruta da Fumaça. Ao chegar lá, tivemos que pagar R$ 10,00 (por pessoa) para um outro guia nos acompanhar até o interior da gruta. Antes a gente tem que se paramentar com capacetes (depois entendemos porque) e quem não estiver de tênis (como Afra, por exemplo, que estava de havaianas) eles disponibilizam tênis (usado por umas quinhentas pessoas antes, obviamente).

                         
Preparadíssimos!

Uma coisa que achei engraçada foi quando Frank apareceu com duas pencas de banana. Ele estava super feliz porque cada uma custou R$ 1,00, pois na Holanda, banana é caríssima!!!!

                         
Afra dando uma de Carmem Miranda, com a penca de bananas.

A Gruta da Fumaça é  linda e possui uma infinidade de formações rochosas que deixam qualquer um impressionado com o que a natureza pode ser capaz de fazer! Lá dentro tem milhares de estalactites e estalagmites. Ficamos lá por cerca de 40 minutos, fiquei um pouco agoniada porque tava me sentindo meio sufocada, mas valeu muito a pena, a cada instante a gente se supreendia.


As milhares de estactites formando um coração. Ownnnn!!


Olha só as "cortininhas" formadas, ou melhor, as "fatias de bacon".

Nessa parte a gente teve que andar agachado, não se pode tocar nas estalactites, senão elas param de crescer.

De lá, nós pegamos estrada novamente em direção à Pratinha, pra mim um dos lugares mais lindos que eu fui. A Fazenda Pratinha administra o local, com pousada, restaurante. Pagamos R$ 10,00 por pessoa para entrar.

                      

Já estava na hora do almoço e portanto a primeira parada foi no restaurante. O restaurante era self service, mas achei bem fraquinho, poucas opções. Eu quis experimentar os pratos típicos: Godó de Banana e Cortado de Palma. O godó de banana é um ensopado de banana verde, que achei sem gosto. E o cortado de palma é feito com a palma, aquele cacto, sabe? Esse tava gostoso.


Depois de almoçarmos, fomos conhecer a Gruta Azul. Lá tem um rio subterrâneo, onde não é permitido tomar banho. Um dos mais belos espetáculos que vimos foi o reflexo da luz solar sobre as águas da Gruta Azul, o sol incide lá entre 14:30 e 15:30 e ao atingir a água, cria uma tonalidade azul inacreditável, por conta dos minerais que existem no rio. Olha, mesmo que eu descreva por horas a beleza que é, só vendo pra acreditar.


Saímos da Gruta Azul e fomos ver a Gruta da Pratinha. Na verdade ficamos só admirando o lago cristalino. Lá só é permitido fazer flutuação, não se pode pisar no fundo, pois pode-se levantar fragmentos dos búzios e outros elementos que existem. Por isso, é necessário o uso de coletes, snorkel. Eles disponibilizam lá o equipamento (R$20,00 por pessoa). Ficamos admirando de fora mesmo.

A água é transparente, a gente consegue ver o fundo, com peixinhos. E tem um tom azulado liiiindo!

Seguimos então para a tirolesa. O sol estava quentinho (e não era tão alto como no Poço do Diabo). Ainda bem Pena que a descida foi rapidinha (Up date: eu fiquei com trauma de tirolesa depois que desci em uma no Parque Aquático de Arraial d'Ajuda/Porto Seguro. Eu quase desmaiei do medo que senti. Claro que a altura era, tipo, 4 x mais que essa, maaaas, trauma é trauma!). O mais delicioso de tudo é que caímos no Rio Pratinha, que é uma coisa sem noção de tão lindo.

Rio Pratinha

A tirolesa termina aqui.

A gente nem aproveitou muito tempo lá porque queríamos ver o pôr do sol do alto do Pai Inácio. Pegamos estrada, mas infelizmente não ia mais dar tempo de subir o Morro, pois só é permitida a subida até as 17:00h. Ficamos sentidos, porque o sol estava divino. Mas, fazer o quê? Paramos então no meio da estrada pra curtir o sol indo embora e pra admirar o Morro do Camelo e Os três Irmãos. Lindíssimos!!!!


Chegamos de volta à cidade já anoitecendo. Os gringos iam embora naquela noite e combinamos de levá-los para experimentar o acarajé e tomar caipirinha. Voltamos pra pousada, tomamos banho rapidinho e lá fomos nós. A primeira parada foi no Mercado Municipal. Lá tomamos caipirinha (que por sinal estava deliciosa) e comemos acarajé. A gente ia se entendendo no improviso, meu inglês é meio fraco, mas Frank entendia bastante o português. Mas havia momentos em ficávamos um tempão tentando entender o que o outro dizia, eu ria muito com Léo tentando se comunicar, era muito engraçado.


Todo mundo se jogando na caipirinha

Um gesto que achei de uma delicadeza tamanha: eu havia dito que morria de vontade de conhecer a Holanda, em especial Amsterdã, por causa daquelas tulipas lindas e dos tamanquinhos holandeses, que acho fofos. Então, há noite, eles me deram de presente justamente um tamanquinho com tulipas dentro, em miniatura. Amei!

Encerramos a noite jantando em um dos muitos barzinhos que têm lá, com suas mesinhas nas calçadas. A experiência de conhecer pessoas que tem outra cultura, outra língua, outros costumes, foi muito boa. Todos nós trocamos e-mail, já nos adicionamos no Facebook e quem sabe algum dia nos encontraremos pelo mundo, né?



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