A novidade

Há mais ou menos 2 anos atrás eu coloquei na cabeça que queria muito fazer alguma coisa que marcasse a minha entrada na nova década. Já que eu iria definitivamente entrar para o time das balzaquianas, tive vontade de fazer alguma coisa que marcasse essa transição.

Eu já tinha vontade de fazer uma tatuagem há um tempão, mas morria de medo, tinha receio de me arrepender, de ficar mal feita, de pegar uma infecção, enfim, um monte de medos. Mas aí tinha um colega meu do trabalho que tinha umas tatoos bonitas, muito bem feitas. Ele me disse que tinha feito com um cara de São Paulo e que ele estaria na cidade. Foi aí então que decidi: esse vai ser o marco da mudança de fase (e de década!). Fui com ele lá pra conhecer o local, olhar alguns trabalhos do tatuador e finalmente marcar. Eu sempre tive em mente o que queria: algo delicado, pequeno e que tivesse algum significado pra mim. Sempre adorei borboletas, todo o processo de transformação que há na existência delas me encanta. E nada melhor do que um símbolo que significasse transformação, mudança, para marcar essa transição em minha vida. Escolhi o desenho e fui lá, no dia marcado, com a cara e a coragem. Me lembro que foi num dia de quarta feira, depois que saí do trabalho. Fui com esse meu colega, porque eu tava realmente com medo. Lembro que falei com Amor que ia fazer e ele me falou: “Tu??? Num vai agüentar a dor não. Duvido que faça.” (incentivo e tanto, né?) Eu queria também que fosse num lugar discreto e que eu não ficasse vendo toda hora: a nuca. Pois bem, sentei lá, prendi o cabelo, tava suando frio. O que achei super importante foi a cuidado que o cara teve, me mostrou que era tudo descartável, ficava o tempo inteiro perguntando se tava tudo bem. Mas confesso que na hora que ouvi o barulhinho do motorzinho, fiquei tensa. Resumo da ópera: durou uns 20 minutos, a dor foi pouca (depilar dói mais) e saí de lá direto pra faculdade, com minha tatoo novinha.

Sempre ouvia as pessoas dizerem que quem faz uma tatuagem fica sempre com vontade de fazer outra. E eu tinha mesmo. Só que esse tatuador (Darlan) nunca mais tinha aparecido por aqui (ele é de São Paulo, atualmente mora em Portugal, mas como tem uma casa em Porto Seguro, vinha sempre uma vez por ano aqui). Essa semana soube que ele estava na cidade e pensei: Vou fazer outra!!!! No intervalo de 3 dias entrei em contato com ele, marquei e... fiz!!!

Escolhi outra borboleta (depois falo mais do meu amor por elas) e decidi fazer uma colorida na lombar. Tenho que confessar, doeu bem mais, demorou mais de uma hora. Ainda está cicatrizando, depois de uns 5 dias é que ela fica legal de verdade. Mas, pra quem pensa em fazer e nunca teve coragem, tem um videozinho de todo o processo (tirei o áudio do motorzinho pra não perderem a coragem – dá uma aflição!)