Das desculpas que valem a pena

Essa semana foi bem corrida, não sobrou muito tempo pra mim. No domingo passado, minha irmã veio trazer meus sobrinhos pra passar as férias aqui, só a caçulinha que não ficou. E portanto não sobra muito tempo livre no meu dia, porque passo 8 horas no trabalho (alguns dias quase 9), vou pra academia e chego em casa à noite mortinha, mas com disposição ainda pra ficar com eles. E não reclamo não, porque adoro essa “rotininha” que se instala quando chegam as férias. Eu nunca vou reclamar do papel de tia, nunca, porque amo de fato. Às vezes é exaustivo (imagine ser mãe!), mas não há nada que pague o tsunami de amor que recebo dos meus sobrinhos.

Ontem eu estava lavando a louça, depois de uma maratona que resultou no chocolate quente mais cremoso que já fiz e na pilha de panquecas americanas, atendendo a pedidos de Carol, quando a própria colocou um papel dobradinho preso na costura das costas do vestido que eu tava usando. Ela disse que era uma surpresa pra mim, e como eu tava com as mãos ensaboadas, disse que assim que terminasse, olharia. Só que depois acabei esquecendo. Daí que na hora que fui trocar de roupa pra dormir, vi caindo um papelzinho todo vermelho, recortado em formato de coração (do jeitinho que a coordenação motora de uma menina de 6 anos permite) escrito um “eu te amo, titcha” lindo, com aquela letra redondinha. E é assim que vou abastecendo minha energia, com essas pequenas demonstrações extremamente verdadeiras que recebo a cada minuto do curto tempo que eles passam aqui.

E isso é pra justificar a minha ausência no blog. Mentira. Esse não é exatamente o motivo, e sim uma desculpa que arrumei pra mim mesma, confesso. Tô meio sem saco, acho que isso é de momento, a gente vai perdendo a inspiração, a energia, a vontade. Como já me senti assim antes, acho que já já passa (será?).