Chegadas e Partidas

Eu sempre fui muito fã da Astrid Fontenelle, acho super bacana a maneira extrovertida e humana dela. Não perdia o Happy Hour. E desde o ano passado, toda quarta eu não perco Partidas e Chegadas, um programa que ela faz direto de aeroportos, observando as pessoas que estão ido ou vindo, e tem sempre histórias emocionantes.

Eu, manteiga derretida que sou, seeeeempre choro. Porque pra mim essa combinação realidade+saudade+despedida+distância+reencontro é a que mais toca meu coração.

Sempre lembro do dia em que eu vim embora de Palmas, na primeira vez que eu fui. Eu, com o coração apertado, não conseguia respirar. Estava com a sensação de estar deixando pra trás toda a minha felicidade, porque estava difícil administrar a distância, eu e o namorado tínhamos decidido que talvez não desse pra continuar. A imagem que não sai da minha lembrança é de eu indo pra sala de embarque e ele me olhando, e a impressão era de que aquela era a última vez que a gente tava se vendo. Chorei durante todo o voo, parecia que tinha aberto um buraco enorme no meu coração. Tive que fazer 2 conexões, horas de espera nos aeroportos e tudo o que eu queria era chegar em casa e correr pro colo da minha mãe. Acho que não tem sensação tão ruim.

Por isso me emociono tanto, porque só quem tem pessoas queridas longe, ou que vêm e vão, sabe o quanto é triste o momento de se despedir e o quanto é mágico o momento do reencontro.