terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sobre limitações e agradecimentos


Como alguns de vocês sabem, em Dezembro eu sofri um acidente de carro com minha irmã. Graças a Deus, não foi tão grave, uma colisão que trouxe muito mais danos materiais. Eu machuquei a boca e sofri uma pancada na perna. 
Logo depois do acidente, procurei um ortopedista, fiz várias radiografias, e os médicos afirmaram que eu não tinha tido nenhum dano ósseo, mas uma lesão muscular, que seria tratada com antiinflamatório e fisioterapia. Porém, os dias foram passando, e as dores não desapareciam. O médico então solicitou uma ressonância, que constatou que havia tido uma possível fratura. Marquei então uma consulta em Salvador com um especialista em quadril e lá, olhando a radiografia que fiz 2 dias depois do acidente, ele constatou que tive uma fratura no acetábulo, que faz parte da articulação do quadril, ou seja, nada de tão simples assim. Eu deveria ter ficado em repouso absoluto desde o dia do acidente, o que significava evitar colocar o pé no chão, fazer qualquer tipo de esforço. Só que como eu não sabia da gravidade, continuei caminhando, subindo escadas, enfim.
Posso dizer que tive muita sorte: no acidente, que poderia ter tido conseqüências muito mais graves, e em relação à fratura, que poderia ter se agravado muito, culminando inclusive, em uma cirurgia.
Passei o carnaval inteiro em repouso, só levantando pra comer, tomar banho e ir ao banheiro. Minha Mamy’s veio pra cá cuidar da filha-bebê dela. E com certeza não tem remédio melhor do que cuidado de mãe, né? E também tive a sorte de contar com os cuidados do meu Doutorzinho do Amor, que foi fundamental pra mim.
Estou tendo que me locomover com muletas, pois não posso colocar peso no lado esquerdo. E tem sido muito complicado, porque as limitações são muitas. E o que tem sido pior são as dores que tenho sentido nas mãos e nos punhos, por conta do uso das muletas.  
Fico muito agoniada com isso, é muito ruim não poder andar um pouquinho pra ir ao banco, ter que dar os passos bem devagarzinho, mal conseguir carregar a bolsa, subir e descer as escadas pé por pé (pena de quem vem atrás de mim). Mas imediatamente paro de reclamar e caio na real e começo a agradecer, por saber que é uma situação temporária, que poderia ter sido pior, que enquanto estou me queixando de ter que passar um tempo com limitações, existem pessoas que têm que se adaptar a isso pro resto da vida.
Vou ter que fazer fisioterapia para tentar acelerar a recuperação. Não posso (nem consigo) ficar muito tempo em pé; meus banhos, que eu gostava de tomar bem demorados, têm que ser breves; vou ter que me esforçar pra pegar firme na dieta, já que não tenho nem previsão de quando poderei fazer qualquer tipo de atividade física (nem mesmo uma caminhada mais rápida). 
Essa fase pela qual estou passando tem me feito refletir muito e amadurecer, pois mais do que nunca percebo que não posso determinar como quero viver e que é fundamental o apoio das pessoas que me cercam.
Palavra de ordem para 2013: AGRADECER

4 comentários:

  1. Gostei de ler isso...

    Ainda bem q vc pensa assim, então é ora de vc esquecer Murph e parar de dizer que ele está em sua cacunda! (falo sério)...Deixe de pensar q td tá dando errado...quando td poderia mesmo ter dado errado..."as palavras têm poder" e mais poderoso que elas são as nossas idéias e sentimentos...Vc está bem, vc é linda, sadia, forte (bota forte nisso rs), tem uma familia linda, amigos q gostam de vc...o q vc quer mais? Dinheiro? Então vai estudar...Tá ruim? Não né? Tá é bom demais....

    Beijos, te adoro.

    Fica bôua. Inté

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  2. Carlinha, melhoras prá vc... tire esse tempo que seu corpo está exigindo prá ler, ver filmes, blogar bastantão que a gente adora, fazer compras pela internet, ops, não não não, esquece essa última idéia! kkkk! Concentre-se em sarar, coma direitinho pro seu corpo receber todas as vitaminas possíveis! Os pensamentos positivos serão enviados do Brasil todo!
    Beijooos!

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  3. Esse é o caminho, o da resignificação! O desespero, a angústia, a lamúria são inerentes da nossa condição humana, no entanto, quando deixamos de olhar só para os nossos problemas passamos a dar mais valor a tudo que nos passava desapercebido. Aí é que vemos o quanto nós somos frágeis e vulneráveis.

    Léo

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  4. Oi, Carla!
    Acompanho o blog há um tempo mas é a primeira vez que escrevo aqui :)
    Vou passar por uma cirurgia dia 13 e ficarei na mesma situação que você - sem muita locomoção e nem atividade física... Às vezes fico triste/angustiada, mas sei que é temporário e isso me anima. Força ai que logo passa!

    Beijo!

    M.

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